Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos nossos pais, pelo profetas, nestes ULTIMOS DIAS, nos falou pelo FILHO, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo.Hebreus 1.1-2
Durante todo o texto deste trabalho a expressão 'espírito do Evangelho' é freqüentemente utilizada. Porém, sem uma compreensão clara do que isso significa, todo o entendimento do que foi exposto pode ficar comprometido.
Jesus, a Chave que abre as Escrituras
Os evangelhos são narrativas históricas das ações e acontecimentos relacionados a Jesus, bem como de Suas Palavras. O Evangelho, todavia, é um espírito. Os evangelhos são o corpo. O Evangelho é o espírito no corpo.
Para muitos, os evangelhos são apenas narrativas. Para outros, eles são palavras inspiradas. Para muito mais gente ainda eles são apenas palavras mágicas. E para a maioria, eles são somente os quatro primeiros livros do Novo Testamento, sendo, portanto, parte da Bíblia Sagrada.
Todavia, o Evangelho é espírito e vida. Deus é espírito, e, portanto, Suas palavras são espírito e vida, pois carregam o poder da Verdade Absoluta e produz vida onde quer que chegue.
Para melhor entender, suponha que os evangelhos não tivessem sido escritos. Decerto, sabemos que ainda assim, haveria um Evangelho a ser anunciado até os confins da Terra como Boa Notícia, visto ser o Evangelho um espírito, e não um livro.
Assim, o espírito do Evangelho é só uma forma de expressar-se acerca da Essência da Palavra. É a Plenitude da Revelação. Trata-se da forma de interpretação bíblica que olha para Jesus Cristo como a Chave Hermenêutica dessa Revelação.
De modo algum se está dizendo aqui que só Jesus interessa na Bíblia, mas, por outro lado, nada interessa senão a partir Dele e nada é Palavra de Deus se não for compatível com Ele, por mais 'bíblico' que seja!
Portanto, Jesus – que é Deus Manifesto entre nós - abre as Escrituras para nós. Cristo é a síntese das Escrituras e o Espírito da Graça é o agente hermenêutico que me aproxima do texto com a fé de que encontrarei a Palavra.
É a partir daí, então, que se interpreta a Antiga Aliança, os Profetas e todo o Novo Testamento. Isso porque Ele é a Palavra! A Encarnação Absoluta Dela, o Verbo Vivo de Deus, cheio de Graça e Verdade! E as próprias palavras de Jesus só podem ser entendidas se tiverem sua concreção no Evangelho vivido por Jesus de Nazaré.
Veja o livro de Atos dos Apóstolos: é um livro de atos, de ações. Mas sabemos que os únicos atos absolutos e irretocáveis feitos na Terra são os Atos de Jesus. Portanto, há Evangelho em Atos, mas o Atos não é o Evangelho. Digo isto porque se os critérios de Jesus forem aplicados aos atos dos apóstolos, os próprios apóstolos seriam sempre relativizados. Quando lemos o Atos, não se lê o Evangelho da Graça — esse só está plenificado em Jesus —, mas a tentativa humana de começar a viver conforme a fé em Jesus. E, em tal processo, há acertos, erros, equívocos, ação do Espírito, infantilidades, ambigüidades, milagres, diferenças, medos, ousadias, coragem maravilhosas, dúvidas atrozes, e todas as demais coisas concernentes aos homens que vivem no Caminho. Assim, o livro dos Atos Apostólicos, é um livro de história, e não quer ser visto como o Evangelho.
A tentativa infantil de dizer que a igreja é o Corpo de Cristo - e logo, Cristo estava agindo como antes agira, só que agora em Seu Corpo Comunitário - é bela, mas não é verdadeira como valor absoluto. O Pedro que recebeu a revelação é o mesmo que recebeu a repreensão: Arreda Satanás (Mt 16).
Em Jesus está toda a revelação e toda a referência para se julgar e entender o que quer que pretenda ser canônico. Onde o 'espírito do Evangelho' está presente, aí há o que levar para a alma e para a vida. No mais, vejo registros históricos da infância da fé e da consciência permeando toda a Escritura.
O exercício não é difícil: Basta olhar para Jesus. Veja como Ele tratou a vida, as pessoas, a religião, os políticos, os pobres, os ricos, os doentes, os párias, os segregados, os esquecidos, os seres proibidos, os publicanos, as meretrizes, os santarrões, e tudo e todos.
Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade, e Nele estão TODOS os tesouros da sabedoria e do conhecimento.
Ele é o resplendor da glória do Pai e a expressão EXATA do Seu Ser, sustentando todas as coisas pela Palavra de Seu poder!
Olhe para Ele, e tudo fica interpretado!
Jesus, a chave que abre o coração
"Perguntou-Lhe Pilatos: O que é a verdade?"
Ora, conquanto Jesus seja também uma informação histórica — afinal Ele existiu, e nós não estávamos lá quando isto aconteceu; razão pela qual dependemos completamente das descrições que os evangelhos fazem de Jesus a fim de melhor discernir seu espírito —, no entanto, o discernimento de Quem Ele era, só acontece como revelação de Deus no coração.
Não se enganem: a pessoa pode até confessar a Jesus como Senhor, mas fazer isto como crença religiosa, e não como o fruto de uma relação pessoal com Jesus.
A Verdade não existe como Explicação, mas tão somente como Encarnação. A Verdade se fez carne! É Alguém. A Verdade é uma Pessoa!
Por isso, a Verdade só pode ser vivida, não pensada. Todo pensamento acerca dela decorre da experiência. A Verdade não é objeto de prosa... O Jesus do Evangelho não é para ser aceito, mas para ser conhecido. A Verdade que vejo em Jesus--Encarnada Nele -- eu mesmo tenho que conhecer na minha própria encarnação, que é o único estado de existência que eu tive até hoje.
Portanto, é preciso que cada um conheça Jesus e Sua Palavra, para si mesmo. É preciso de cada um aprenda a Ter sua própria consciência em fé, a fim de viver a Palavra por si mesmo.
Em resumo, a Encarnação é a chave hermenêutica do conhecimento bíblico, mas essa chave tem que abrir antes o meu coração. E isto só acontece no encontro entre a Verdade e a Vida. Ora, tal encontro só se dá no Caminho, e é a isso que chamamos Consciência do Evangelho.
Por isso, aproveito-me deste trabalho para propor um exercício pessoal libertador:
1) Quero convidá-lo a pegar os Evangelhos e relê-los. Leia-os como se fosse a primeira vez, e faça-o como se você nunca tivesse ouvido nenhuma interpretação deles.
A necessidade de escrever a mensagem de Jesus veio do afastamento cada vez maior da sua fonte histórica - o próprio Jesus de Nazaré (Lc 1,1-4; Jo 20,30-31). Em meados da década de 70, já não vivia a quase totalidade das "testemunhas oculares" que tinham visto o Senhor ressuscitado (Lc 1,2; 1 Cor 15,3-8). Esse distanciamento cronológico entre Jesus e as comunidades só poderia ser vencido pela palavra escrita. E assim se formaram as duas grandes coleções ou "corpus" das Cartas de Paulo e dos Evangelhos.
2) Depois, eu gostaria de enfatizar a necessidade de ler o Novo Testamento na ordem cronológica da mais provável seqüência de sua produção:
1 e 2 Tessalonicenses; Gálatas, 1 e 2 Coríntios, e Romanos; Colossenses, Filemom; Filipenses, 1 e 2 Timóteo e Tito; 1 Pedro; Marcos; Mateus; Hebreus; Lucas; Atos; as Cartas Universais; João 1,2 e 3 o evangelho de João, 2 Pedro; e Apocalipse.
Como alerta, devo dizer que o primeiro inimigo a ser vencido no estudo bíblico é o pré-condicionamento na interpretação.
Então, meu querido: Soda Cáustica na cabeça, uma boa chacoalhada, limpeza, e início de leitura pessoal e aberta para a Palavra e para o Espírito. Então você verá que começará a surgir o Jesus real das páginas do Evangelhos! Experimente!
Que a Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos.
Caio
31 março 2009
É Preciso Ser Culto Para Entender?
From: JESUS É A CHAVE HERMENÊUTICA – mas é preciso ser culto pra entender; né?
Date: 2009/3/30
Subject: Jesus: A Chave Hermenêutica
To: contato@caiofabio.com
Caio,
Sobre ter Jesus como a Chave Hermenêutica, você afirmou o seguinte:
"É mais simples que pensar. Basta olhar para Jesus. Veja como Ele tratou a vida, as pessoas, a religião, os políticos, os pobres, os ricos, os doentes, os parias, os segregados, os esquecidos, os seres proibidos, os publicanos, as meretrizes, os santarrões, e o que mais você quiser..."
"O resto, meu irmão, é invenção de quem não quer lidar com Deus, consigo mesmo e com gente e prefere lidar com letras".
Isto, porém, não prescinde de um estudo, pesquisa, leituras, de livros que nos auxiliem a esclarecer o sentido do texto; não é isso?
Ou seja: não "basta OLHAR para Jesus". É preciso entender, interpretar corretamente a passagem bíblica, o que Jesus disse; correto?
Por exemplo: Quando Jesus diz: a ninguém saudeis pelo caminho... ou quando Ele fala para sua mãe: "que tenho eu contigo, mulher?!" Se isto não for esclarecido, se apenas "olharmos" para Jesus, teremos a impressão que Jesus foi ignorante com sua mãe.
Estou entendendo que o que você condena não é a leitura, a pesquisa, mas os sistemas fechados da teologia sistemática, o querer colocar Deus num pacote e amarrá-Lo. É isto mesmo?
Abraço
Ismar
___________________________________
Resposta:
Meu mano amado: Graça e Paz!
Ler, aculturar-se, educar-se, aprender história, sociologia, filosofia, psicologia, teologia, antropologia, ciências exatas, musica, política, etc. — sempre é bom. É bom porque é bom examinar todas as coisas e reter o que seja bom. É bom também porque cultura posiciona o homem perante a superficial sociedade dos humanos. Também é bom porque saber é poder.
Além disso, a cultura é útil ao embelezamento do pensamento, embora não o faça verdadeiro por ser belo ou bem exposto.
Quando digo que Jesus é a Chave Hermenêutica para que se compreenda a Bíblia, a Escritura judaico/cristã, bem como para que se interprete a Vida, a Existência, digo o que digo mesmo, e conforme disse e você citou.
Ora, o Jesus que mandou não saudar a ninguém pelo caminho, é também o mesmo que mandou amar até ao inimigo, e, fazer mais que os pagãos, que apenas saúdam os que os saúdam.
Portanto, pelo ensino explicito de Jesus, e pelo modo como Ele tratou até aos Seus impertinentes e caninos oponentes, ora respondendo, ora perguntando como resposta, ora provocando a fim de suscitar a verdade, ora apenas indo e curando alguém do grupo adversário sem fazer perguntas, inclusive a orelha do servo do mandante de Seu assassinato — fica claro que em Jesus ninguém é mal-tratado.
Pergunto:
Em que leitura de livro você irá ler isso, sendo que isto já está dito na Palavra?
Portanto, outra vez, Jesus é a Chave Hermenêutica até para se compreender Jesus.
É ler Jesus, com Jesus, em Jesus e para Jesus.
E ler tudo o mais assim...
Afinal, se Ele é o Verbo encarnado, tudo o que importa tem que ser apenas aquilo que Nele virou carne, sangue, ato, gesto, tema, ensino, confissão, causa, e agenda deliberada.
Sobre a mãe Dele...
Ora, você leu em Marcos que ela e os irmãos deles surtaram e o tiveram por “louco” e que por isto foram até onde Ele estava — sim, com a intenção de “prende-Lo”?
Leia. Está lá.
Ora, foi para curar esse surto de Maria e dos irmãos Dele que Ele os fez apenas parte do grupo que, em fazendo a Sua vontade, se tornava parte da Família Dele.
Afinal, era isso mesmo!...
Uma Maria desobediente seria apenas uma mãe ignorante e sem entendimento.
Adular o surto de Maria não seria amá-la e nem honrá-la.
Um filho somente honra sua mãe mediante a verdade e o amor.
Além disso, veja que uma de Suas ultimas palavras fizeram provisão de cuidado para com a Sua mãe. Foi por isto que João cuidou dela até o fim.
Quando Jesus disse as coisas que disse, você realmente crê que Ele intencionava que Seus discípulos fizessem cursos adicionais a fim de poderem entender a Sua Palavra?
Mano, se fosse assim Jesus não seria suficiente!
Se fosse assim Jesus seria o Mediador entre Deus e apenas os homens cultos.
E mais:
Se fosse assim a cultura seria de fato o Espírito Santo de Jesus.
No entanto, saiba:
Paulo, que era o apostolo judeu menos judeu de todos, pela liberdade que tinha no Evangelho, não usava a Bíblia do V.T. quando pregava para pagãos, mas apenas se houvesse judeus no grupo, ou, pelo menos, pessoas afeitas às antigas Escrituras judaicas.
Do contrário, ele falava de como ele, Paulo, encontrará Jesus; e não insinuava que os pagãos precisassem conhecer o Velho Testamento a fim de se esclarecem melhor.
Paulo entendia que conhecer a História e a cultura judaica tinha valor relativo.
Para ele um pagão precisava apenas crer em Jesus; o que de inicio acontecia pela persuasão da Palavra pregada, e, também, pela demonstração do Espírito Santo, em poder e prodígios de libertação.
Era assim que era.
Para Paulo, quanto mais “bárbaros” fossem os povos, melhor; pois, não tinham as ilusões dos judeus crentes de mesmos.
Quem sabe ler, ou, então, sabe ouvir, sempre com o coração, e sem juízo preconcebido, esse, pela mera leitura sem seqüência, e pela simples observação de COMO Jesus tratava a tudo e todos, saberá se posicionar conforme o Evangelho.
É o que a minha longa experiência de observação de milhares e milhares de genuínas conversões me permitem garantir a você.
Infelizmente não dá pra fugir!
O tempo da fuga acabou!
Quem quer, pega; quem não quer, larga.
Mas que é assim, isso é; e quem me garante é Deus em Jesus; é a Palavra; e é até o diabo, que treme quando alguém crê e aceita tal fato; posto que daí em diante o diabo deixe de ter na Bíblia um instrumento satânico para desfigurar Jesus com as coisas que ou eram Sombra, ou, então, eram a perversidade justa do olho por olho e dente por dente; que, como se sabe, somente promove um surto oftalmológico e dentário, visto que o resultado de tal prática apenas deixa o mundo inteiro no mínimo caolho e no mínimo banguela.
Os índios Yskariana entenderam isso. Os caboclos iletrados, porém sábios na fé, também entenderam isso rápido.
Os simples entendem com simplicidade!
Afinal, a simplicidade é a salvação humana do simples de coração.
Ora, Jesus se dedicou mais aos pobres e simples também porque eram eles os que melhor entendiam sempre que entendiam.
Leia também:
No corpo dos seguintes textos você também encontrará mais alusões ao nosso tema:
Receba meu beijo carinhoso!
Nele, que é a Chave e o Deposito de todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento de Deus,
Caio
31 de março de 2009
Copacabana
RJ
Date: 2009/3/30
Subject: Jesus: A Chave Hermenêutica
To: contato@caiofabio.com
Caio,
Sobre ter Jesus como a Chave Hermenêutica, você afirmou o seguinte:
"É mais simples que pensar. Basta olhar para Jesus. Veja como Ele tratou a vida, as pessoas, a religião, os políticos, os pobres, os ricos, os doentes, os parias, os segregados, os esquecidos, os seres proibidos, os publicanos, as meretrizes, os santarrões, e o que mais você quiser..."
"O resto, meu irmão, é invenção de quem não quer lidar com Deus, consigo mesmo e com gente e prefere lidar com letras".
Isto, porém, não prescinde de um estudo, pesquisa, leituras, de livros que nos auxiliem a esclarecer o sentido do texto; não é isso?
Ou seja: não "basta OLHAR para Jesus". É preciso entender, interpretar corretamente a passagem bíblica, o que Jesus disse; correto?
Por exemplo: Quando Jesus diz: a ninguém saudeis pelo caminho... ou quando Ele fala para sua mãe: "que tenho eu contigo, mulher?!" Se isto não for esclarecido, se apenas "olharmos" para Jesus, teremos a impressão que Jesus foi ignorante com sua mãe.
Estou entendendo que o que você condena não é a leitura, a pesquisa, mas os sistemas fechados da teologia sistemática, o querer colocar Deus num pacote e amarrá-Lo. É isto mesmo?
Abraço
Ismar
___________________________________
Resposta:
Meu mano amado: Graça e Paz!
Ler, aculturar-se, educar-se, aprender história, sociologia, filosofia, psicologia, teologia, antropologia, ciências exatas, musica, política, etc. — sempre é bom. É bom porque é bom examinar todas as coisas e reter o que seja bom. É bom também porque cultura posiciona o homem perante a superficial sociedade dos humanos. Também é bom porque saber é poder.
Além disso, a cultura é útil ao embelezamento do pensamento, embora não o faça verdadeiro por ser belo ou bem exposto.
Quando digo que Jesus é a Chave Hermenêutica para que se compreenda a Bíblia, a Escritura judaico/cristã, bem como para que se interprete a Vida, a Existência, digo o que digo mesmo, e conforme disse e você citou.
Ora, o Jesus que mandou não saudar a ninguém pelo caminho, é também o mesmo que mandou amar até ao inimigo, e, fazer mais que os pagãos, que apenas saúdam os que os saúdam.
Portanto, pelo ensino explicito de Jesus, e pelo modo como Ele tratou até aos Seus impertinentes e caninos oponentes, ora respondendo, ora perguntando como resposta, ora provocando a fim de suscitar a verdade, ora apenas indo e curando alguém do grupo adversário sem fazer perguntas, inclusive a orelha do servo do mandante de Seu assassinato — fica claro que em Jesus ninguém é mal-tratado.
Pergunto:
Em que leitura de livro você irá ler isso, sendo que isto já está dito na Palavra?
Portanto, outra vez, Jesus é a Chave Hermenêutica até para se compreender Jesus.
É ler Jesus, com Jesus, em Jesus e para Jesus.
E ler tudo o mais assim...
Afinal, se Ele é o Verbo encarnado, tudo o que importa tem que ser apenas aquilo que Nele virou carne, sangue, ato, gesto, tema, ensino, confissão, causa, e agenda deliberada.
Sobre a mãe Dele...
Ora, você leu em Marcos que ela e os irmãos deles surtaram e o tiveram por “louco” e que por isto foram até onde Ele estava — sim, com a intenção de “prende-Lo”?
Leia. Está lá.
Ora, foi para curar esse surto de Maria e dos irmãos Dele que Ele os fez apenas parte do grupo que, em fazendo a Sua vontade, se tornava parte da Família Dele.
Afinal, era isso mesmo!...
Uma Maria desobediente seria apenas uma mãe ignorante e sem entendimento.
Adular o surto de Maria não seria amá-la e nem honrá-la.
Um filho somente honra sua mãe mediante a verdade e o amor.
Além disso, veja que uma de Suas ultimas palavras fizeram provisão de cuidado para com a Sua mãe. Foi por isto que João cuidou dela até o fim.
Quando Jesus disse as coisas que disse, você realmente crê que Ele intencionava que Seus discípulos fizessem cursos adicionais a fim de poderem entender a Sua Palavra?
Mano, se fosse assim Jesus não seria suficiente!
Se fosse assim Jesus seria o Mediador entre Deus e apenas os homens cultos.
E mais:
Se fosse assim a cultura seria de fato o Espírito Santo de Jesus.
No entanto, saiba:
Paulo, que era o apostolo judeu menos judeu de todos, pela liberdade que tinha no Evangelho, não usava a Bíblia do V.T. quando pregava para pagãos, mas apenas se houvesse judeus no grupo, ou, pelo menos, pessoas afeitas às antigas Escrituras judaicas.
Do contrário, ele falava de como ele, Paulo, encontrará Jesus; e não insinuava que os pagãos precisassem conhecer o Velho Testamento a fim de se esclarecem melhor.
Paulo entendia que conhecer a História e a cultura judaica tinha valor relativo.
Para ele um pagão precisava apenas crer em Jesus; o que de inicio acontecia pela persuasão da Palavra pregada, e, também, pela demonstração do Espírito Santo, em poder e prodígios de libertação.
Era assim que era.
Para Paulo, quanto mais “bárbaros” fossem os povos, melhor; pois, não tinham as ilusões dos judeus crentes de mesmos.
Quem sabe ler, ou, então, sabe ouvir, sempre com o coração, e sem juízo preconcebido, esse, pela mera leitura sem seqüência, e pela simples observação de COMO Jesus tratava a tudo e todos, saberá se posicionar conforme o Evangelho.
É o que a minha longa experiência de observação de milhares e milhares de genuínas conversões me permitem garantir a você.
Infelizmente não dá pra fugir!
O tempo da fuga acabou!
Quem quer, pega; quem não quer, larga.
Mas que é assim, isso é; e quem me garante é Deus em Jesus; é a Palavra; e é até o diabo, que treme quando alguém crê e aceita tal fato; posto que daí em diante o diabo deixe de ter na Bíblia um instrumento satânico para desfigurar Jesus com as coisas que ou eram Sombra, ou, então, eram a perversidade justa do olho por olho e dente por dente; que, como se sabe, somente promove um surto oftalmológico e dentário, visto que o resultado de tal prática apenas deixa o mundo inteiro no mínimo caolho e no mínimo banguela.
Os índios Yskariana entenderam isso. Os caboclos iletrados, porém sábios na fé, também entenderam isso rápido.
Os simples entendem com simplicidade!
Afinal, a simplicidade é a salvação humana do simples de coração.
Ora, Jesus se dedicou mais aos pobres e simples também porque eram eles os que melhor entendiam sempre que entendiam.
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Nele, que é a Chave e o Deposito de todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento de Deus,
Caio
31 de março de 2009
Copacabana
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